segunda-feira, 22 de julho de 2013

Educação nos Anos 40

      Pessoal nesse post,vocês saberão sobre uma coisa muito importante,a educação.Porém naquela época não era tão valorizada como hoje.
     Políticos, fazendeiros, seringalistas, exploradores de  minérios e diamante, comerciantes em geral e outros membros de prestigio na sociedade exerciam suas atividades produtivas sem que tivessem sequer, o curso ginasial (que equivalia a grosso modo aos 4 últimos anos do atual ensino fundamental).

Haviam poucas escolas e raras ofereciam as seires mais avançadas de ensino primário  Poucos entretanto, após esta fase matriculavam-se no curso primário, disponível nas cidades de maior porte e nas sedes dos municípios mais destacados economicamente. O curso ginasial, existia apenas nas capitais do estado e territórios federais e nas cidades maiores.
         Tratava-se de um universo predominantemente não letrado, onde a educação formal não se afigurava como uma necessidade básica para todos os cidadãos e onde as escolas não sobressaíam no espaço físico nem na vida social. O domínio da leitura e da escrita funcionava como um símbolo de erudição, um traço que caracterizava algumas famílias de maior renda ou prestígio político. Embora a educação fosse considerada como um valor intelectual relevante para a formação das pessoas, esse valor tornava-se, realmente essencial, quando alguém pretendia dedicar-se a uma profissão específica que exigia uma formação em nível superior. A educação escolar não era considerada como elemento fundamental da inclusão plena de alguém na sociedade ou de sua exclusão da mesma.
       A causa disto era que a economia extrativista sobrevivia sem exigir do homem/mulher da Região uma educação mais sólida e estruturada; ao invés disso, cobrava-lhe uma intensa articulação e um vasto conhecimento da natureza amazônica  Outra causa era a falta de informação escrita no cotidiano das pessoas, que as obrigasse a ler com frequência  e de outro as atividades produtivas naqueles anos não exigiam este esforço, como já foi dito acima. Assim era comum, na época alguém ter aprendido a ler e escrever durante a infância ou adolescência e ter retornado à condição de analfabeto quando adulto; terceiro, a reduzida escolaridade da população em geral, não tinham, como hoje, uma relação direta com a condição de pobreza do indivíduo, nem com sua inserção ou marginalização na sociedade; Por ultimo, apesar de haver um número significativo de escolas privadas ligadas a instituições religiosas e assistenciais, atuando gratuitamente nos moldes da escola pública, em termos de qualidade de ensino, não havia, como hoje, uma clara dicotomia entre ensino público e privado, características que hoje, em todo Brasil, é altamente responsável pela reprodução das desigualdades sociais e culturais.
        A função da escola estava centrada na leitura e na escrita. Ela existia e gozava de prestígio social porque era indispensável para ensinar a ler, escrever e contar, onde os professores desempenhavam suas tarefas voltados para este elemento norteador onde os recursos pedagógicos eram escassos.



A escola primária tinha características boas e ruins:






BOAS - Sob o ponto de vista cultural, esta limitação no ensino (restrito de títulos e livros), funcionava como um valioso elemento de unidade entre as milhares de crianças da região; Como o aluno passava um tempo muito curto de sua vida escolar, era possível ter um número reduzido de alunos por sala. esta situação permitia que professores e dirigentes de escolas tivessem uma relação mais próxima com os alunos, conhecendo grande número deles e acompanhando-os a cada passo do seu desenvolvimento intelectual



RUINS - Devido a época sofrer de escassos recursos culturais, o material didático disponível era reduzido e pobre, cartilhas que apresentavam frases absurdamente soltas e descontextualizadas como "Ivo viu a uva" e "a ema é da ama", exigiam um esforço de imaginação fantástico por parte de professores que, jamais tinham visto uma uva ou uma ema na Região e que estranhavam os nomes dos animais e coisas mencionadas nos livros, mas inexistentes na Região.
       Na época existiam dois livros didáticos de leitura e escrita, a "Cartilha Paraense" e "Amazônia", ambos destinados a alunos de 1ª a 4ª série do curso primário.




   O problema é que como a realidade social era outra, problemas que hoje afetam e perturbam a sociedade brasileira e, em especial, a vida das crianças e jovens como afastam as crianças da rua mandando-as para a escola.

  • Referencia Bibliografica: LOUREIRO, Violeta R. Educação e sociedade na Amazônia em mais de meio século. Revista Cocar, v.1, n. 1, jan-jun, 2007, pp. 17-58.

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